Esperava mais de Sputnik Meu Amor (Haruki Murakami), o ponto alto do livro, para mim, é mesmo o trecho acima transcrito.
31.8.05
" E assim prosseguimos com as nossas vidas, cada um para o seu lado. Por mais profunda e fatal que seja a perda, por mais importante que seja aquilo que a vida nos roubou - arrebatando-o das nossas mãos -, e ainda que nos tenhamos convertido em pessoas completamente diferentes, conservando apenas a mesma fina camada exterior de pele, apesar de tudo isso continuamos a viver as nossas vidas,assim, em silêncio, estendendo as mãos para chegar ao fio dos dias que nos coube em sorte, para logo o deixarmos irremediavelmente para trás. Repetindo muitas vezes, de forma particularmente hábil, o trabalho de todos os dias, deixando na nossa esteira um sentimento de incomensurável vazio."
Esperava mais de Sputnik Meu Amor (Haruki Murakami), o ponto alto do livro, para mim, é mesmo o trecho acima transcrito.
Esperava mais de Sputnik Meu Amor (Haruki Murakami), o ponto alto do livro, para mim, é mesmo o trecho acima transcrito.
25.8.05
René Magritte, Gli amanti, 1928
Deixar o pano cair, limpar a maquilhagem, quebrar as crenças, ficar a nú e avançar para os teus olhos.
18.8.05
Procura-se alivio...
"Um homem que tenta aliviar o sofrimento das mentes que falham reparando cérebros tem necessariamente de respeitar o mundo material, os seus limites e o que ele consegue aguentar – a consciência. O que já não é pouco. Para ele, é um artigo de fé, um facto que lhe é confirmado diariamente, que a mente é o que o cérebro, pura matéria, realiza. Se, por um lado, suscita admiração, por outro também suscita curiosidade; o desafio devia ser o real, e não o mágico”
Ian Russel McEwan
"Um homem que tenta aliviar o sofrimento das mentes que falham reparando cérebros tem necessariamente de respeitar o mundo material, os seus limites e o que ele consegue aguentar – a consciência. O que já não é pouco. Para ele, é um artigo de fé, um facto que lhe é confirmado diariamente, que a mente é o que o cérebro, pura matéria, realiza. Se, por um lado, suscita admiração, por outro também suscita curiosidade; o desafio devia ser o real, e não o mágico”
Ian Russel McEwan
Namibia, um destino menos conhecido mas ideal para quem não passa sem WC e um bom colchão mas quer sentir o coração de África.
12.8.05
"Da rotação da Terra:
- O movimento do teu olhar
Do movimento do teu olhar:
- As palavras que te custam
Das palavras que te custam:
- É chegado o momento de me afastar
Do momento de me afastar:
- Fica um planeta à deriva.
Ao planeta que fica à deriva:
- Entrego-lhe a minha dor.
Ao entregar-lhe a minha dor:
- Deslizam lágrimas grossas.
Ao deslizarem lágrimas grossas:
- Liberto todo o meu ser.
Ao libertar todo o meu ser:
- Renasço para de novo amar."
© Maria do Céu Costa e Marta Oliveira
11.8.05
Os Sigur Rós actuam no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, a 20 de Novembro. O concerto faz parte da digressão de apresentação do novo álbum da banda, Taak, que tem edição marcada para 12 de Setembro.
8.8.05
Libertação
Sim, o mais desesperante
Não é querer o impossível
É não alcançar o possível
Algo me retém....
Possivelmente todo o meu esforço
Em sobreviver
Em me manter a de sempre
Só me leva para bem longe de mim,
Faz-me acreditar no que não existe
Conduz-me a sítios que acentuam:
A satisfação perdida
O aconchego perdido
A esperança perdida
Tudo o que tento encontrar,
Para esconder o vazio,
Para disfarçar a apatia
Me conduz ao desespero
À loucura.
Pára de procurar o que não se encontra,
Pára de querer o inatingível,
Pára e sente.
Mas sente
A paz passa pela lucidez,
Pela veracidade dos sentimentos,
Pela realidade onde vives,
E não sabes que vives,
Vê tudo o que tem de ser visto,
A luz que imana de ti
O branco que te assusta
Olha, mas vê
Deixa o instinto conduzir-te
Aos fantasmas dos vivos,
Que um dia morreram em ti.
Pois só aí se libertará
Quem há muito está aprisionada.
A clausura cessará
A borboleta voará
Leve, ao sabor do vento
Guiada pelos raios de sol
Pelo brilho da lua,
Em direcção ao horizonte,
Sem rota marcada.
ccc, 4/04
Busco estas palavras do passado para partilhar o desabrochar. Confiar, é preciso confiar...
Sim, o mais desesperante
Não é querer o impossível
É não alcançar o possível
Algo me retém....
Possivelmente todo o meu esforço
Em sobreviver
Em me manter a de sempre
Só me leva para bem longe de mim,
Faz-me acreditar no que não existe
Conduz-me a sítios que acentuam:
A satisfação perdida
O aconchego perdido
A esperança perdida
Tudo o que tento encontrar,
Para esconder o vazio,
Para disfarçar a apatia
Me conduz ao desespero
À loucura.
Pára de procurar o que não se encontra,
Pára de querer o inatingível,
Pára e sente.
Mas sente
A paz passa pela lucidez,
Pela veracidade dos sentimentos,
Pela realidade onde vives,
E não sabes que vives,
Vê tudo o que tem de ser visto,
A luz que imana de ti
O branco que te assusta
Olha, mas vê
Deixa o instinto conduzir-te
Aos fantasmas dos vivos,
Que um dia morreram em ti.
Pois só aí se libertará
Quem há muito está aprisionada.
A clausura cessará
A borboleta voará
Leve, ao sabor do vento
Guiada pelos raios de sol
Pelo brilho da lua,
Em direcção ao horizonte,
Sem rota marcada.
ccc, 4/04
Busco estas palavras do passado para partilhar o desabrochar. Confiar, é preciso confiar...