28.2.04



Libertação

Sim, o mais desesperante
Não é querer o impossível
É não alcançar o possível

Algo me retém....

Possivelmente todo o meu esforço
Em sobreviver
Em me manter a de sempre
Só me leva para bem longe de mim,
Faz-me acreditar no que não existe
Conduz-me a sítios que acentuam:
A satisfação perdida
O aconchego perdido
A esperança perdida

Tudo o que tento encontrar,
Para esconder o vazio,
Para disfarçar a apatia
Me conduz ao desespero
À loucura.

Pára de procurar o que não se encontra,
Pára de querer o inatingível,
Pára e sente.
Mas sente

A paz passa pela lucidez,
Pela veracidade dos sentimentos,
Pela realidade onde vives,
E não sabes que vives,

Vê tudo o que tem de ser visto,
A luz que imana de ti
O branco que te assusta

Olha, mas vê

Deixa o instinto conduzir-te
Aos fantasmas dos vivos,
Que um dia morreram em ti.
Pois só aí se libertará
Quem há muito está aprisionada.

A clausura cessará
A borboleta voará
Leve, ao sabor do vento
Guiada pelos raios de sol
Pelo brilho da lua,
Em direcção ao horizonte,
Sem rota marcada.

ccc
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1 Comments:

Blogger Wellington Felix said...

e-terno

Sempre em meus poemas sinto a pressão do tempo,
porque ele não cessa nunca, e bate apressadamente
ou lentamente dependendo daquelas escolhas, maravilhosamente tantas,
durante o presente, as vezes acho que o tempo mais precioso
nos não consegui-mos medi-lo nem nas fotografias nem com minutos
nem com segundos, esse tempo só tem medida em poemas,
voce ja conseguiu colocar dentro do tempo
aquele abraço, quando dois corações frente a frente
se comunicam e o tempo para, aquele encontro de almas...
e voce paira em outra dimensão, e sente o tum... tum. . . tum
não mais sabe se é o seu coração ou o do outro que sobressalta
ao mesmo tempo preso no braço do abraço, voce é a mais livre das criaturas
no mais precioso da sua historia num tempo sem horas num paraiso sem chão
aquele pequeno encontro de braços e corações onde as almas se tocam
nçao tem intenções,
pra mim fica de fora o tempo e o espaço agente toca não com as mãos,
mas com dois corações
a eternidade.
e seus poemas tocam a eternidade assim
Então grande abraço

6:47 da tarde  

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