13.8.04

Busco-me nos cantos mais obscuros da alma, nos mais incoerentes e viscosos, caminho por túneis míseros e tortuosos de novo a asfixia, somente se ouve o latejar das veias aprisionadas, tenho de tocar nas paredes da pele a cada passo, luz intermitente que vai e vem iludindo a escuridão, grito por soltar criado pela corrosão da mente sã, sentir toda a dor a esvaziar-se pelos obstruídos canais ferrugentos…nesta viagem pela memória de quem fui, passo pelo sonhado aceno ao cicatrizado, envolta nesta cápsula irreal isolamento de todos vós, prevalece o instinto que me levará para lá do palpável onde SOU.


by Dubravko Grakalic

“…Não basta ter recordações. É preciso esquecê-las quando são muitas, e é preciso ter a grande paciência de que elas regressem. Pois só as próprias recordações ainda não são o que mais importa. Só quando se tornam sangue dentro de nós, olhar e gesto, quando deixam de ter nome e já não se distinguem de nós mesmos...” Rilke
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1 Comments:

Blogger ccc said...

que sintonia ardente mente :)tanto se pode dizer mas perde a graça toda,aqui sou o que absorveres do que partilho. beijo

11:18 da manhã  

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